Os especialistas em segurança Charlie Miller e Chris Valasek hackearam um carro para demonstrar que os sistemas utilizados podem não ser tão seguros quanto parecem. Eles conseguiram alterar o sistema computadorizado de um Ford Escape 2010 e de um Toyota Prius de modo que a direção do automóvel respondesse a comandos de um controle do Nintendinho.
Os hackers aparentemente utilizaram cabos para conectar o joystick às unidades de controle eletrônicas dos carros. Esses dois automóveis foram as “cobaias” do experimento. Enquanto a notícia deixaria qualquer criança dos anos 80 empolgadíssima, a intenção, claro, não foi entretenimento, mas chamar a atenção para a questão da segurança dos sistemas de carros “inteligentes”.
O teste foi bancado pela Darpa, instalação de pesquisas do Pentágono, na tentativa de aumentar a percepção sobre a importância de sistemas computadorizados modernos e inteligentes em automóveis. “Adoraríamos que todos começassem a ter uma discussão sobre isso e que as montadoras ouvissem e melhorassem a segurança de carros”, disse Miller, um dos hackers.
A proposta dos dois pesquisadores era ver até onde conseguiriam controlar o veículo. E foram longe: além de pilotá-lo, conseguiram deixar o velocímetro (que é digital) mostrando 199 milhas por hora com o carro parado e alterar a marcação do nível de combustível.
A Toyota, fabricante de um dos carros utilizados no vídeo, disse que não considera o que eles fizeram um hack, já que foi necessário conectar cabos para obter controle do ECU e isso, portanto, não representa uma ameaça aos passageiros. Além disso, afirma que tem sistemas “robustos e seguros” e que seu objetivo com a segurança deles é impedir que seja possível controlá-los remotamente.
A pesquisa completa, financiada pelo centro de pesquisa DARPA, será revelada no mês de agosto em uma conferência em Las Vegas.[Visto em: engenhariae.com]
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